Muito frio no caminho do Passo de Jama |
Nosso destino é Purmamarca já na Argentina passando a fronteira pelo Passo de Jama percorrendo ao final 412 Km descendo os caracoles no lado argentino da Cordilheira dos Andes.
Daqui pra frente, até o Brasil, o trecho é, por assim dizer, bem mais comum à maioria dos moto viajantes, especialmente o Passo de Jama (ou mesmo o passo Sico logo adiante deste e que sai em Salta) bem como o caminho ao Brasil pelo Chaco argentino.
Saindo de São Pedro de Atacama faz-se os procedimentos aduaneiros, isto mesmo, logo na saída da cidade e muito antes de se cruzar a fronteira com a Argentina. Sempre muito tumultuado tão grande é a quantidade de pessoas que fazem esses procedimentos, desta vez estava muito tranquilo e a papelada saiu em menos de 10 minutos. Dali pra frente era escalar novamente a Cordilheira dos Andes, desta vez pela última vez, inclusive dando adeus ao Licancabur que nos observou pelos últimos 4 dias.
A altitude de mais de 4500m sobre as nuvens |
No topo da serra, no pico de 4725m, vimos cenários surpreendentes passando por sobre as nuvens que revelam apenas os picos nevados especialmente o Licancabur e naquele ponto pudemos experimentar a mais baixa das temperaturas até então: -3 graus no termômetro da moto, embora a sensação térmica seja de muito menos.
Aliás, a dica de equipamento do dia foram os aquecedores de manopla. Eles funcionam. Ajudam a amenizar a baixa temperatura das mãos além de evitarem a sobreposição de luvas, que é muito comum, fato que deixa a sensibilidade comprometida.
Cuidado com as lhamas às margens da pista |
Acompanhados por sol brilhante e baixas temperaturas, seguimos para a primeira parada em uma lagoa muito bonita às margens da rodovia e outra em um pequeno salar onde nos deliciamos com um passeio sobre a superfície salgada. Ambos os locais merecem uma parada.
Na chegada à aduana no Passo de Jama, é surpreendente como a infra-estrutura está mudada. O lugar está todo organizado e o decadente contaeiner onde funcionava a aduana virou história. Agora há um prédio muito bem organizado, com funcionários atenciosos e o procedimento foi eficiente e rápido. O ponto exato da aduana é S 23 14.211 e W 67 01.645.
Saindo dali, há poucos metros encontra-se um posto de combustíveis da YPF igualmente com estrutura excelente para abastecimento e lanches.
Muita neblina na descida dos caracoles |
Seguindo adiante até a cidade de Susques, pouco antes cruza-se a mítica RN40 que segue para o sul pendurada na cordilheira chegando ao fim do mundo em Rio Galegos, já próximo a Ushuaia, mas essa viagem em breve vou ter o prazer de relata-la... quem sabe ainda este ano (2012)...
Já no início da descida dos caracoles depois de Susques, fomos surpreendidos por uma forte neblina que nos acompanhou toda a descida e prejudicou a vista da paisagem que alí é muito bonita.
Ademais, as condições da pista no trecho dos caracoles não estavam boas. Além do fato de a forte neblina humidecer bastante a pista como se fosse uma chuva leve, haviam vários trechos onde o asfalto estava muito danificado ou mesmo inesistente.
As curvas tornaram-se traiçoeiras ora com pedriscos soltos, ora com valas abertas, ora com muita lama na pista, o que exigiu um cuidado extremo na pilotagem pois qualquer erro corresponde a uma queda certa.
Vencidas as intermináveis curvas nebulosas, avistamos abaixo a pequena Purmamarca rodeada por montanhas multi-coloridas e alí foi o ponto final do primeiro dos três dias de retorno para casa.
Em Purmamarca permanecemos hospedados no Terrazas de la Posta, um aconchegante hotel bem próximo à entrada da cidade com excelente infra-estrutura. O local fica em S 23 74.498, W 65 50.128
Outras fotos do dia:
Forte neblina nos caracoles |
Montes multi-coloridos na Argentina |
Garagens do Hotel Terrazas de la Poza |
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